Há que tomar a atenção que antigamente, na Época romana e depois na Idade Média, a vila tinha a conotação de residência campestre ou solar tal como é ainda hoje villa em espanhol, italiano, alemão ou até norueguês.
Tipicamente, em Portugal, as vilas têm entre 1 000 e 10 000 habitantes, mas motivos históricos e flutuações populacionais criaram várias exceções a esta regra. Atualmente, a criação de novas vilas (elevadas a partir de aldeias) encontra-se definida pela lei nº 11/82, de 2 de Junho que, salvo quando há "importantes razões de natureza histórica, cultural e arquitetónica", estabelece que uma povoação só pode ser elevada a vila se tiver:
Mais de 3000 eleitores, em aglomerado populacional contínuo
Pelo menos metade dos seguintes equipamentos colectivos:
Posto de assistência médica
Farmácia
Centro cultural e outras colectividades
Transportes públicos colectivos
Estação de CTT
Estabelecimentos comerciais e de hotelaria
Estabelecimento que ministre escolaridade obrigatória
Agência bancáriaA maioria das vilas em Portugal são sedes de autarquia administrativa dos concelhos com as respectivas freguesias.
Note-se que várias cidades e aldeias podem ter no seu topónimo a palavra "Vila" e não ter esse estatuto, muitas vezes herdada das villas rurais medievais, herdeiras das villas romanas, ou das vilas novas medievais. Por exemplo, Vila Real tem a categoria de cidade, enquanto diversas aldeias do seu concelho incluem no seu topónimo a palavra "Vila" (Vila Cova, Vila Marim, Vila Meã, Vila Nova, Vila Seca).
Presentemente a vila mais populosa de Portugal é Algueirão-Mem Martins, com cerca de 100 000 habitantes. Outras vilas com mais de 25 000 habitantes são: Rio de Mouro, Corroios, Cascais, Oeiras, Águas Santas, Paço de Arcos e Sintra.
A vila de Ponte de Lima orgulhosamente ainda hoje pretende manter esse estatuto, apesar de há muito ter dimensão e condições de ascender a cidade, por ter sido historicamente a primeira a ascender a essa condição municipal.