Esta incessante e prolongada migração de pessoas para o oeste deslocou culturas ancestrais e oprimiu minorias étnicas de ameríndios. Em contraste, o período suscitou importantes avanços na indústria, comunicações e agricultura, à custa em vários casos de uma intensa exploração dos recursos humanos e naturais.
Estes eventos históricos, origem de um mito nacional nos Estados Unidos, têm sido recriados por diversas manifestações de arte. No cinema, o gênero designa-se western e narra histórias de cowboys, pioneiros, ameríndios, garimpeiros, empresários, etc. Histórias de pessoas variadas, condições que empreenderam a aventura do oeste com a esperança de alcançar o êxito pessoal mas que acabaram muitas vezes confrontados com a justiça ou com a fatalidade do destino. Os estudos atuais consideram que por trás desta mistificação esconde-se uma realidade complexa e que há a tendência de reconsiderar o papel de todos os atores que participaram naquela conjuntura social, econômica e cultural que foi a fronteira dos EUA no século XIX.
A «fronteira» é um conceito que, na história dos Estados Unidos, faz alusão ao avanço para o oeste e à procura de oportunidades dentro de um território desconhecido. Nas palavras de um autor moderno:
Em princípios do século XIX, o Oeste era considerado um território selvagem e inóspito, com escassas possibilidades de ser habitado.