Apresenta rusticidade e tolerância a condições desfavoráveis de acidez do solo, em especial com referência à toxicidade de alumínio, e são bastante tolerantes ao déficit hídrico, podendo ser cultivados em regiões classificadas como ecologicamente marginais à cultura de trigo. A produção de leite, ovos, aves ou suínos depende de um produto energético produzido, preferencialmente, na própria unidade de produção agrícola. Para isso, produtos como triticale tornam-se importantes, uma vez que este pode, à semelhança de milho, servir de importante fonte de nutrientes nesses sistemas de exploração. O período de colheita de triticale coincide com o fim da entressafra de milho, podendo, assim, o híbrido ser usado na formulação de rações, apesar de apresentar menos energia que o milho, que é considerado padrão como alimento energético em rações, porém apresenta concentração de proteínas superior à do milho.De bom potencial produtivo, é altamente tolerante à acidez nociva dos solos tolerando também déficit hídrico. Áreas para semeadura e metodologias destinadas ao triticale normalmente não são adequadas ou não permitem desenvolvimento satisfatório do trigo e/ou da cevada, por limitarem a produção dessas espécies, reduzindo a lucratividade.
Os grãos de triticale são utilizados principalmente para a alimentação animal e, em menor quantidade, na alimentação humana. Como cultura de cobertura, contribui efetivamente para manutenção do sistema agrícola, principalmente em sistema de semeadura direta na palha, proporcionando boa cobertura vegetal para a cultura sucessora, mesmo em áreas com baixa fertilidade e/ou solos arenosos.
Nos países produtores, incremento em área de cultivo vem ocorrendo desde 2000 (média de +9,2% a.a.), com pequeno declínio em 2006 e novos acréscimos para as safras de 2007 e 2008. O principal produtor é a Polônia, com 1,33 milhão de hectares colhidos, sendo que os seis maiores países produtores, com área colhida superior a 240 mil hectares, contabilizam mais de três milhões de hectares.