As três irmãs Górgonas - Medusa, Esteno e Euríale - eram filhas das antigas divindades marinhas, Fórcis (Phorkys) e sua irmã, Ceto (Keto), monstros ctônicos de um mundo arcaico. Sua genealogia é partilhada com outro grupo de irmãs, as Greias, como é explicado na obra Prometeu Acorrentado, de Ésquilo, que situa ambos os trios de irmãs num lugar longínquo, "a terrível planície de Cistene":
Enquanto os antigos artistas gregos, ao pintar vasos e gravar relevos, imaginavam a Medusa e suas irmãs como tendo nascido com uma forma monstruosa, os escultores e pintores do século V a.C. passaram a visualizá-la como sendo bela, ao mesmo tempo que aterrorizante. Numa ode escrita em 490 a.C., Píndaro já falava da "Medusa de belas bochechas".
"Lá perto delas suas três irmãs feiosas, as Górgonas, aladasCom cobras no lugar de cabelo — odiavam o homem mortal —"
Numa versão posterior do mito da Medusa, relatada pelo poeta romano Ovídio, Medusa foi originalmente uma bela donzela, que trabalhava como sacerdotiza no templo de Atenas, 'desejada por muitos pretendentes mortais e imortais'.
Sua beleza era tão grande que passou a acreditar que era mais bela que a deusa Atena e a se vangloriar por isso. Um dia ela quebrou o voto de castidade que tinha feito para se tornar sacerdotisa de Atena, ela quebrou seu voto fazendo sexo com o "Senhor dos Mares", Poseidon, após isso, quando Medusa retornou ao templo da deusa fingindo não ter acontecido nada, a deusa enfurecida transformou o belo cabelo que ela tanto se orgulhava em serpentes e deixou seu rosto tão horrível de se contemplar que a mera visão dele transformaria todos que o olhassem em pedra.