A palavra deriva do termo italiano maniera, "maneira", indicando o estilo pessoal de determinado autor, e em sua origem no século XVI foi usada por Giorgio Vasari com conotações positivas, significando graça, leveza e sofisticação. Raffaello Borghini emprega o termo um pouco mais tarde para definir se um artista possui ou não um talento superior e original. Em seguida, escritores como Giovanni Bellori e Luigi Lanzi modificam o conceito e ele passa a significar artificialidade e virtuosismo excessivo, o que iria repercutir negativamente em todos os estudos posteriores até o século XX, quando o estilo começou a ser revisto e revalorizado, especialmente depois da contribuição de Arnold Hauser nos anos 1960.Historicamente, o Maneirismo vinha sendo considerado como a fase final e decadente do grande ciclo renascentista, mas hoje é reconhecido como um estilo autônomo e com valor próprio, e que já aponta para a arte moderna. O crescente prestígio da interpretação do Maneirismo como um estilo por seu próprio direito é reforçado pela tendência da crítica mais atual de rever a aplicação do conceito de Renascimento para a arte europeia do século XVI, na constatação de que comparativamente pouco havia sido feito em linhas classicistas fora da Itália até a década de 1510-1520, quando o saque de Roma de 1527 assinala o fim do Renascimento como um movimento unificado e o início "oficial" do Maneirismo italiano. Embora a esta altura elementos classicistas já estivessem sendo cultivados em vários pontos da Europa, tanto através da influência italiana anterior como de forma independente, é então que eles se expandem de forma decisiva e consistente para além dos Alpes, mas vão encontrar arraigadas tradições góticas ainda em pleno vigor. Da fusão dessas correntes resulta uma diversidade de sínteses ecléticas, a que se atribuiu o nome genérico de Maneirismo internacional.