A palavra origina-se do francês grève, com o mesmo sentido, proveniente da Place de Grève, em Paris, na margem do Sena, outrora lugar de embarque e desembarque de navios e depois, local das reuniões de desempregados e operários insatisfeitos com as condições de trabalho. O termo greves significa, originalmente, "terreno plano composto de cascalho ou areia à margem do mar ou do rio", onde se acumulavam inúmeros gravetos. Daí o nome da praça e o surgimento etimológico do vocábulo, usado pela primeira vez no final do século XVIII.
Originalmente, as greves não eram regulamentadas, eram resolvidas quando vencia a parte mais forte. O trabalho ficava paralisado até que ocorresse uma das seguintes situações: ou os operários retornavam ao trabalho nas mesmas ou em piores condições, por temor ao desemprego, ou o empresário atendia total ou parcialmente as reivindicações para que pudessem evitar maiores prejuízos devidos à ociosidade.
A derrocada do movimento escravista no Brasil em 1888, constitui-se como um atrativo para imigração europeia para as terras tupiniquins. Com a chegada dos imigrantes, disseminou-se os ideais do liberalismo (liberdade, igualdade e fraternidade) e, consequentemente, construiu-se um novo cenário de consciência dos trabalhadores.
A força do capital, por sua vez, começou a ser colada em posição de desvantagem em virtude do crescimento do movimento sindical e grevista. No começo do século XX, a Greve Geral de 1917 foi um marco importante na história do movimento operário brasileiro.A industrialização, por sua vez, promovida durante a presidência de Getúlio Vargas aumentou o número de trabalhadores urbanos e a dicotomia entre o capital vs trabalho, ampliando as pressões por melhoras nas condições de vida e trabalho.