O cimento é o aglomerante do concreto que une os agregados. Estes podem ser agregados miúdos (areias naturais ou artificiais) ou agregados graúdos (pedras britadas ou seixos). Associando esses materiais de diferente maneiras pode-se ter:
Pasta, Nata ou Calda: cimento + água;
Argamassa: pasta + agregado miúdo;
Concreto: argamassa + agregado graúdo;A estas associações, podem ser acrescidos aditivos e adições.
Contrariando o que é comumente difundido, a adição de agregados de maiores dimensões para compor o concreto não tem a finalidade, apenas, de diminuir o custo do seu volume unitário. As razões, além da redução do custo, são também os ganhos significativos relacionados à sua funcionalidade e vida útil, uma vez que tais agregados garantem menos retração na cura (podendo ser 10 vezes menor que a retração apresentada pela pasta de cimento pura), evitando assim fissurações, e garantindo menor fluência (também podendo chegar a ser 10 vezes menor que a fluência apresentada pela pasta de cimento pura).Historicamente, os romanos foram os primeiros a usar uma espécie de concreto para assentar seus tijolos cerâmicos maciços. Eles utilizavam, como cimento, pozolana natural e cal. Embora o primeiro uso seja muito antigo, o cimento e concreto ficaram esquecidos por conta da ruralização da Europa na Idade Média. O material só veio a ser novamente desenvolvido e pesquisado no século XIX.
O concreto simples possui uma razoável resistência a compressão (esmagamento), entretanto uma baixa resistência a tração (cerca de 10% do valor da compressão). Como na maioria das estruturas é comum se encontrar os dois tipos de esforços, o uso do concreto se dá normalmente junto com um outro material (na maioria das vezes aço carbono).