Hoje um objeto imprescindível em toda residência, onde equipa de forma indispensável os banheiros, o chuveiro na realidade é um equipamento bastante antigo;
Pinturas e vasos retratam sua existência no Egito e na Grécia, e seu uso nas casas de banho da Roma Antiga era comum.
No Japão, em forma de uma torneira, era equipamento indispensável para a limpeza que antecedia o banho nas banheiras de imersão, fazendo parte do ritual de higiene.
Originalmente sem aquecimento, ou com aquecimento prévio feito em compartimento separado, através da queima de lenha, apenas no século XX foi que o aquecimento a gás passou a ser introduzido, nos Estados Unidos e Europa.
Uma das formas de aquecimento prévio da água era o uso de uma caixa d'água para o líquido aquecido através de uma serpentina do encanamento - conhecida por Torpedo - colocada no interior de um fogão a lenha.
Desenvolvido no Brasil em meados da década de 30, o chuveiro elétrico procurou substituir nesse país a fonte principal de calor – uma vez que redes de gás eram praticamente inexistentes nas grandes cidades – ao contrário da energia elétrica. Com a rápida urbanização assistida no Brasil desde então, esta solução foi sendo a principal adotada, embora convivesse com outras formas de aquecimento da água.
De concepção bastante simples, o chuveiro elétrico era constituído de um elemento de aquecimento (resistor), chamado de "resistência" no Brasil; feito de um fio espiralado composto de metais com alto ponto de fusão, como o níquel, o cromo ou uma liga dos dois metais, que ao aquecer, esquenta imediatamente a água, além do espalhador com inúmeros orifícios, sempre parecido com os tradicionais chuveiros. Durante o período da Segunda Guerra Mundial, com a escassez de níquel, utilizou-se também um sistema alternativo, composto por uma série de pequenas placas de aço inoxidável alternadas entre os pólos da rede elétrica que atuavam como eletrodos de aquecimento no interior do chuveiro, onde a própria água que o abastecia gerava resistência elétrica, aquecendo-se.