Na virada do século XIX para o XX, a situação econômica da Espanha esteve marcada pela perda das suas colônias, particularmente pela perda de Cuba, em 1898, o que implicou, em um primeiro tempo num encolhimento da economia, sobretudo na economia catalã. Entretanto, em um segundo momento, são repatriados fundos de investimentos previamente em Cuba para Barcelona, provocando uma nova onda de crescimento econômico e industrial da Catalunha, desenvolvendo-se notavelmente as indústrias químicas, metalúrgicas, elétricas e automobilísticas.
Esta nova revolução industrial foi apoiada pela monarquia, e a nova burguesia que surge no processo enriquece consideravelmente, bem mais do que muitos aristocratas. Para manter sua ascensão política o rei concede títulos de nobreza a alguns industriais. Barcelona, polo industrial maior, e sede do movimento de independência catalã, foi a primeira cidade à notar estes efeitos, com a nomeação do Conde de Godó, do barão de Quadras e do barão de Sert.O arquiteto catalão Antoni Gaudí recebe então do industrial José Batlló Casanovas um pedido para reformar um edifício construído em 1875 por Emili Sala Cortés situado na chamada 'ilha da discórdia', na região central de Barcelona. Para a remodelação, Gaudí se centrou na fachada, no piso principal, no pátio de luzes e no telhado, e levantou um quinto piso para a equipe de serviço. Gaudí contou com a colaboração de seus ajudantes Domènec Sugrañes, Josep Canaleta e Joan Rubió; dos costrutores Jaume e Josep Bayó i Font; os ferros eram dos irmãos Lluís y Josep Badia i Miarnau; os azulejos de Pujol & Baucis (Esplugues de Llobregat); a vidraçaria de Sebastià Ribó; e a carpintaria de Casas & Bardés.